rasa e rara
no templo do corpo
toca
céu
na roda a fala se desprende
qual ramo em flor da consciência
desfia o tempo que transcende
nas fibras tênues da cadência
resgata o pulso que ressoa
e em doçura se perdoa
eco de tambores
nas pétalas do instante
escutai o som
retumba o couro sobre a terra
em rito antigo e eloquente
o som que a alma ainda encerra
ressoa firme e transcendente
ali se dança em fogo e sombra
com o sagrado que deslumbra
poesia pulsa
nas veias do mundo antigo
com gesto em flor
ergue-se a chama sobre a argila
do coração que já chorou
na mão que oferta, nunca humilha
na luz que acende onde apagou
bela é a força que acaricia
e no silêncio anuncia
vento emoldurado
na curva de uma canção
move o invisível
na partitura do improviso
a fala encontra seu lugar
no olhar comum se abre um riso
que sabe ver sem dominar
compaixão acena em névoa clara
o amor desce onde se prepara
ser
em silêncio
na roda do tempo
paira
paz
Nenhum comentário:
Postar um comentário