Mão que não se vê
bate saliente prego
prosperar é fetiche
Um quintal pária
reforma o sonho escravo
Chama isso “pátria”
Cresce o capital
mas não alimenta bocas
engorda planilhas
Smith sonhou demais:
professores sem giz, pão
Livre mercado?
Quem herda, entrega
Quem sua, paga o jantar
Leviatã lhes pega
Terra produtiva
mas só para o parlamentar
Eleitor é biriva
Imposto é fardo
feliz é o banqueiro
Equidade, onde?
No planalto raso
governa o pai dos pobres
de gravata Hermes
Ensina a criança:
o Brasil é verde e ouro
na cueca alheia
Riem os jornais
enquanto Brasil ruma
ao abismo voraz
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