(42º Concurso Internacional de Poesias, Contos e Crônica)
Num salão de almas vivas
Onde a pena vira flor
Li poemas como estrelas
Brilhando com seu calor
Meu coração julgador
Foi se abrindo feito rio
Pra abraçar todo esse amor
Larissa chegou soprando
Com seu “Apaga-me” aceso
Na chama vi um silêncio
Feito prece em recomeço
Palavras viram abrigo
E o vazio vira endereço
Onde mora algum desejo
Galvão chegou dobrado
Poeta e também pensador
Fez do verbo um labirinto
Fez do olhar revelador
O tempo virou espelho
E no fundo do espelho
Vi Platão como leitor
Joselito veio firme
Com “Odes” e “Ideal”
Na subida da linguagem
Fez da ideia um portal
Pôs o verso sobre as nuvens
Pôs a alma em pedestal
Com um canto sem igual
Eduardo e sua “Tempestade”
Trovão jovem na canção
Rafaela, tempo e dança
Giovana, inspiração
Cada verso uma centelha
De uma nova geração
Com espada na paixão
João Manuel reverente
Fez de Senna sua estrada
Maurílio trouxe a “Fantasia”
Com “Vibração” delicada
Em seus versos há uma música
Que transforma a madrugada
Em alvorada encantada
Márcia Rocha semeando
Cicatrizes e ternura
Ana Stoppa no seu canto
Fez da dor uma doçura
E da Argentina, Ana Rosa
Trouxe amor em sua altura
Feito carta sem censura
Julgar foi gesto de espelho
De quem escuta e se encanta
Cada texto um universo
Cada voz uma garganta
Essa turma tão brilhante
Faz da arte sua manta
E na alma ela se planta
Que a poesia se erga
Como um templo de beleza
Onde a palavra liberta
E a emoção é a firmeza
Que a Academia celebre
Com afeto e com realeza
Decimar da Silveira Biagini
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