Nas rodas do tempo
o menino escutava
voz de ancião
que o vento levava
Guardava no peito
semente e oração
pisava a terra
com reverência e chão
Na mata entrou
primeira vez
tocou o espinho
e fez-se vez
Hoje ele volta
ao cabildo em luz
fala serena
que ao povo conduz
Autoridade
vem do Criador
quem serve em paz
governa com amor
A voz da floresta
ressoa em seu tom
canta os segredos
do velho xaxim e do dom
No lombo do pingo
cumpre a missão
nos pagos sagrados
do velho rincão
De lança de luz
e alma vestida
é sentinela
pessoal de Maria
mãe de Jesus
Decimar da Silveira Biagini
Poema metafísico
Na Cruz Alta-RS, 07 de abril de 2025
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