No alvorecer em mística vigília
respiro a luz que dança sobre o orbe
No vento há notas tênue maravilha
um véu dourado que o olhar descobre
As folhas rubras rastros do poente
sussurram segredos na estação
Jacintos rompem solos lentamente
escritos pelo tempo em oração
No gelo brilha a lâmina entalhada
num rendilhado etéreo e tão preciso
A vida canta oculta e revelada
mas poucos leem seu sutil aviso
O mundo é mágico em sua trama
pra quem contempla e vê que tudo chama
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