Por quem, senão por quem amor se faz
A dor se veste em veste de sentido
E o que, senão a fé que traz a paz
Defenderia a alma em seu abrigo
Se o mundo fosse mudo ante o agir
Que obras, livres, meus dias moldariam
E em vinte anos — eco a repetir —
Quais sombras ou quais luzes me seguiriam
Admiração sustém a mão mais forte
Mas segredos repousam como abismos
A vida ensina a erguer-se após a sorte
Transpor tormentas, dissipar sofismos
Tocando o mundo em forma e luz tamanha
Só o que faz feliz merece a sanha
Decimar da Silveira Biagini
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