DECIMAR BIAGINI

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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Poema para Buddha

Poema para Buddha

A mente forja a senda e o ser
Nascente de estado mental
Impura fala, impuro agir
Como o boi à roda fatal

Pura é a mente, pura a ação
Felicidade é sua auréola
Como sombra que acompanha
Presença eterna, fiel e leal

"Odiou-me, feriu-me, venceu-me"
Pensamentos de amargor
Não dissipam o rancor
Não apaziguam a dor

Mas o ódio cede ao não-ódio
Lei eterna do existir
Ódio a ódio nunca doma
Só o amor pode o destruir

Mas a rocha firme resiste
Mara não a pode tocar
O que medita e controla
Encontra a paz, sem cessar

Depravado veste o hábito
Indigno de tal vestuário
Mas o puro, virtuoso
Faz do hábito, relicário

Confundir o essencial
É nutrir o erro fatal
Mas saber o que é real
É alcançar o que é vital

Paixão invade a mente aberta
Como chuva em colmo roto
Mas a mente bem guardada
Resiste à paixão, é devoto

Quem faz o mal, sofre o dano
No presente e no porvir
Lembranças tristes o afligem
Lamenta seu existir

Quem faz o bem, se regozija
Aqui, no passado e no além
Lembrança de atos puros
Traz felicidade também

Recitar sem praticar
É contar vacas alheias
Mas quem vive o ensinamento
Colhe as bênçãos que semeia

Decimar da Silveira Biagini
Poema metafísico
07 de agosto de 2024

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