DECIMAR BIAGINI

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Advogado e Poeta Cruzaltense

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Cruz Alta e janela das reminiscências

Olho os trigais, e de tal arte  
Que me perco ali pensando 
Cruz Alta, terra saudade
Em memórias devaneando 

O que é ser-cidade, viver?  
O que é vê-la sem sofrer?  
Sinto de repente o pouco
Vácuo, o instante, o lugar
Tudo em torno soa oco  
Mesmo o meu ser a pensar

Viver a poesia, com vento em sopro
Sussurro de memórias ancestrais
A perder amigos e entes pouco a pouco
Menos aniversários e mais funerais

Tudo, eu e os prédios em redor
Fica mais que exterior 
Perde logo o ser, a cor
Cafés extintos, vias com novo nome

Nos cemitérios sem valor
Sobre galerias do subsolo trancadas
Caminho a Pinheiro sem cor
Onde outrora cinemas, lojas iluminadas
Na praça, Veríssimo, jaz estátua
Verdadeira paz do escritor

Cruz Alta, cidade de fé e sorte
História e versos, pulsar encantado
Cosmo e Cristo, pioneiros fortes
Mística, Portal, legado sagrado

Espírito espreita, tenta ajudar
A cidade vive, poesia permanece
Plantio e colheita, Verbo a sondar
Tudo que se planta cresce
Passeios e rimas, cumpre a nós, semear

Decimar da Silveira Biagini
Poema metafísico
14 de agosto de 2024

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