Varões Assinalados - Tabajara Ruas
Num rincão do Sul, bravura se ergue
Tabajara Ruas, mestre da caneta
Resenha traça, história se entrega
Rio Grande é sentinela, terra que inquieta
Ruas pinta com palavras, a saga antiga
De um povo que brada, com força e estigma
Nas páginas de sua obra, a alma se revela
Luta e resistência, a gaúcha aquarela
“Nosso Rio Grande, vigilante, se avista
Para o Rio da Prata, sua mira não desista
Clama por respeito, dignidade e justiça
Contra déspotas de fancaria, ergue a crista
Imperial governo, ouça o que exigimos
Um presidente de confiança, que acolha destinos
Pelo progresso, pela honra, nosso clamor
Separar-nos-emos, se faltar-nos valor.”
Tabajara, teu livro é como um grito
Ecoando no tempo, um ato bendito
Histórias de luta, de sangue e suor
Um povo que vive entre a paz e o horror
No papel teu Rio Grande ganha vida
Sentinela altiva, jamais se cansa
Com a espada na mão, honra é erguida
Liberdade e morte, entrelaça a dança
Assim é a resenha, um canto de luta
Um apanhado de bravos, onde a história escuta
Nos versos de Ruas, a bravura reluz
O Rio Grande é sentinela, sua chama seduz
Decimar da Silveira Biagini
poetinha_cruzaltense
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