Louco para escrever com heterônimos
Em Cruz Alta, onde o verso é Rei
O Poetinha, de alma inquieta
Luta contra essa sina secreta
De escrever, mas querer se desfazer
Tenta, em vão, o poema renegar
Mas o verso teima em ressurgir
Como um rio que não para de fluir
Nas linhas que insiste em criar
Ah, a tentação de se libertar
De romper com essa prisão verbal
Fitar poesia na rede e a sua publicar
É fogo, que adentra um milharal
E se um dia, pipocas estourar
Heterônimos: Poetinha, Silveira, etc...
Tal Pessoa, com seu Caeiro e Bernardo
Assim, em falsa abstinência certa
Surgiriam Campos e Ricardo
Decimar da Silveira Biagini
POETINHA_CRUZALTENSE
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