Jardins em braille
Toda face é um cálice para
(os sonhos pousarem,
espécie de lábio onde sereias
tatuam seus nomes e gorjeios
antes dos navios naufragarem
Não há erro desde que flutuem
Resgates de oportunos meios
Lábios se chocam, efluem
Rochosos prazeres, tórax e seios
Não há desenganos neste enleio
No tempo em que transmitirem
Das estrelas e da lua cheia
O gozo pleno de se permitirem
Toda fase é uma arte para
(os corpos sonharem,
breve salto aos jardins em braille
alquimia entre o fogo e o silêncio
poesia que consome as flores por dentro.
Rogério Germani, Decimar Biagni & Anorkinda Neide
Nenhum comentário:
Postar um comentário