No noroeste do RS, um médium jovem e valente
Buscava orientação em seu dom tão eloquente
Mas havia uma dúvida que o fazia questionar
Qual entidade seguia, a quem devia escutar
Na vastidão do além, ouvia vozes a lhe chamar
Espíritos de luz e sombras, prontos a lhe falar
Mas sabia o médium, com sua alma empreendedora
Que concordar sempre, não era a lei que apregoara
"Não se faz ciência espírita concordando com afinco,
É preciso analisar, investigar sem medo do abismo
Desenvolver o espírito, o olhar aguçado de pesquisador
Rompendo as barreiras, ser cientista de alma e fervor.
Determinado, o jovem médium tomou a decisão
De buscar a verdade, sem temer o desconhecido então
Construiu seus instrumentos, com sabedoria e arte
Para explorar o imaterial, desvendar cada parte
Cercado de incertezas, seguiu seu caminhar
Com versos enxutos e sonoros, pronto a desbravar
Sabia que a jornada seria árdua, cheia de desafios
Mas estava disposto a encarar todos os meios
Nos estudos do Livro dos Espíritos, encontrou inspiração
Nas obras de Kardec, fundamentos para sua evolução
E, assim, o médium jovem mergulhou em seu labor
Pesquisando as verdades, explorando o mundo interior
Ouvia as vozes, mensagens do além que chegavam
Mas com discernimento, as respostas ele filtrava
Pois sabia que a ciência espírita, em seu leito fecundo
É construída com amor, razão, estudo profundo
E assim, o médium jovem seguiu sua trajetória
Caminhando entre mundos, com fé e sabedoria
Em sua busca constante, encontrou seu equilíbrio
Servindo à causa espírita, seu dever e compromisso
Que sirva de exemplo o médium em sua jornada
Para todos que desejam trilhar a mesma estrada
Pois a ciência espírita é luz a iluminar
Um convite à pesquisa, ao amor e ao amar
Decimar da Silveira Biagini
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