Queridos amigos, poetas e leitores.
Andei afastado, de licença paternidade.
Meus poemas, são caretas, arrotos e dores.
Quando animado, uso lenço umedecido.
Meus lemas, são fraldas, banhos e odores.
Ainda hospitalizado, e mal dormido.
A Musa recupera-se dos pontos de roxas cores.
Muito tenho babado, ao lado do recém-nascido.
Arthur nasceu prematuro, a rimar com hispânico Arturo.
Veio ao mundo num dia de finados, em cesárea de apuros.
Os pais estão bem cansados, dando colo e mimo no escuro.
Entre uma mamada e outra, fina prata, sentimos a força do pulmão.
Ele decididamente não gosta da turma do Jaleco.
Não é que já saiu mijando no pediatra quando veio a este mundão.
Agora, é frequente, dorme no peito e o faz de bico.
Exige que seja balançado, não tem jeito, dominado eu fico.
Vida de pai é um mistério, sou súdito sem direito, o Rei Arthur que é o rico.
Decimar Biagini
Nenhum comentário:
Postar um comentário