MULHER GUERREIRA
Será que foram
chimangos e maragatos
a raiz indígena
a brancura européia
ou o toque castelhano
que fizeram
a mulher gaúcha
altiva e guerreira?
Não foram será
os anos de espera
sorriso triste à janela
de quem tem o senhor da casa em guerra
as crias, os pastos, os empregados
tudo dependendo da figura materna
da eterna guerreira
gaúcha altaneira?
Ou seria então
o sopro do Minuano
que lhe levou o haragano
largando na vida orelhano
Restou-lhe a lida, os manotaços
Se vida de prenda é pelea
não faz a saudade maleva
ligeira no entrevero?
A ferro, fogo, rendas e lágrimas
forjou um País diferente
e escreveu com seu sangue suas páginas
Mesmo que o tocaio a desvende
sua origem continuará misteriosa
Essência de milonga e de prosa
tarumã de homem valente
orgulho de sua terra e sua gente.
Poesia Coletiva de: Anorkinda Neide, Dhenova,
Wasil Sacharuk & Decimar Biagini
Movimento Nova Ordem da Poesia
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