DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

A partida de Isabel aos 100 anos

Mestre do além Isabel  
parte em luz vida consumada  
centenária estrela fiel  
pela senda iluminada  

Nas Minas em berço ameno  
do Líbano eco ancestral  
com fervor do povo sereno  
trouxe a fé como fanal  

Desde infante já sentia  
o peso e dom de enxergar  
aos nove então conduzia  
um véu fino a se rasgar  

Juiz de Fora seu templo  
Casa do Caminho erguido  
onde o amor foi sempre exemplo  
e o sofrer acolhido  

Agora ao além ela parte  
em suave canto e brilho  
Isabel que a dor reparte  
de luz luz sem empecilho

domingo, 10 de novembro de 2024

GRADATIVA PERFEIÇÃO DIVINA

A PERFEIÇÃO DIVINA GRADATIVA

Deus, potência elevada  
pelo verbo que governa  
tira o homem da caverna
onde a mente é desenhada  

Sob a luz do Seu pensar  
qual esplêndida matriz  
tece as sendas da raiz  
do que o ser pode alcançar  

Leis eternas nos inspiram  
a buscar a perfeição  
nesta vasta criação  
onde todos se saciam  

Vê-se o esforço recomposto  
pelo intento que reluz  
cada passo em Sua luz  
espalhando o bem proposto  

Quando a alma enfim se enobrece  
pelo intento e pelo bem  
novo olhar do alto vem  
nova vida então floresce

Decimar da Silveira Biagini
Aos 10 de novembro de 2024

Natal está chegando?

Redondilha de Novembro
Novembro vem avisar  
que o Natal já quer chegar  
tempo bom de introspecção  
pra Cristo em nosso coração  

Mais que festa enfeite luz  
é o verbo que em nós reluz  
pois o milagre meu irmão  
não se espera em ocasião  

Pra Cristo em ti florescer  
cultiva o bem no viver  
não aguarde a noite e o dia  
faz do Natal tua guia  

Ao próximo estenda a mão  
seja templo de compaixão  
que assim em toda a jornada  
Cristo em ti toma morada

Decimar da Silveira Biagini
09 de novembro de 2024

Bretes Tecnológicos

Bretes tecnológicos

Num chip que rege o destino  
Grande Irmão é quem nos guia  
Orwell riu-se clandestino  
Do que hoje é mais que utopia  
Qual o gozo é mais sereno  
Que pastar marchando ao feno  

O povo em sono profundo  
Não vê o gado que é seu nome  
Ruminando ao som do mundo  
Sacia-se e de si some  
Ah Brasil de servidão  
Que se alegra em servil pão  

Na tela os gurus da vida  
Cajados de algoritmos  
Enlaçam quem se intimida  
Com discursos tão legítimos  
Do medo de ser sozinho  
Deixo a alma ao desalinho

As redes nos deixam distantes
Vulneráveis e sem presença
Onde estão as reuniões dançantes
E os grandes amigos da adolescência?

Os grupos, currais da manada
Monitoram silentes alguns incautos
Em direct seguem na fofocaiada
E nos posts são gélidos internautas

Autoanálise é a chave  
Véus caem os falsos santos  
Mas de todo espelho agrave  
O nosso isso é dos prantos  
Pois no filtro escuro e mudo  
São correntes que nos guiam tudo 

Ser falante ou ruminante  
Que do baú não sai  
Trago assombros do mirante  
Mas no fundo sei que cai  
Quem não enfrenta seu horror  
Que lhe arranca qualquer cor

Decimar da Silveira Biagini
10 de novembro de 2024

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Sexta-feira Global


Sexta-feira global

Sexta-feira, fim sagrado
seja o burguês ou o cansado 
Na Irlanda, o pub lotado
proletário bem entornado

Nos clubes, alta linhagem 
onde o burguês tem passagem
nas lojas secretas, futurologia
mas pro povo é só magia

Pentecostais vão louvar
na Rússia, ícones a beijar
Oriente é pra rezar
mesquitas cheias a soar

Na mesquita o muçulmano  
Israel tem Shabat e jejum
de si, sabe cada um
pra quem rala o fim de ano

Para um bom negócio
Não precisa de sócio
Sai de casa um burro
E um malandro no muro

Sexta é festa universal
Mas quem folga é desigual  
Uns no luxo, outros no corre
Gira o mundo, Deus socorre

Decimar da Silveira Biagini
08 de novembro de 2024

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Sonho Americano

Aos Americanos
A urna é sorte noturma
Deu Republicanos

Vitória Americana

Vitória democrática Americana com regras complexas tal seu basebol
O campo está quente
com base nas mãos
o povo, em frente
brinca de ilusão

Num arremesso
a bola no ar
Trump vai no espesso  
jogo a jogar

Byden está fora
Strike na jogada
Kamala na base
Orelha alvejada

Delegado dá  
e tira o poder
quem mais gritará
ninguém vai saber

O correio é  
falso arremate
cada estado é fé
um disparate

Urnas aqui e ali
Aquele suspense
Trump vence
E diz: - Eu previ!

Tão estranho é
que a plateia ri
e Kamala, até
nem sabe o que diz

Decimar da Silveira Biagini
Pau para toda obra poética
06 de novembro de 2024

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Salvo pela maturidade

Como é deveras gostoso

Quando alguém

Encoraja e é amistoso

Paz que faz bem

 

Porém, a vaidade

É estátua de areia

Vulnerável alarde

Verdade só meia

 

Do alto da colina

No passar da meia idade

Se desfaz a neblina

E o que sobra é caridade

 

Na Cruz Alta-RS, aos 05 de novembro de 2024

Decimar da Silveira Biagini

Ambição humana e colheita

Chuva desce o véu,  
gelo em tom de fel,  
oceano, ardor,  
terra em seu clamor.  

Vento sopra em vão,  
dor sem direção.  
Homem, o que fez?  
Céu tornou-se vez.  

Frágil o clamor,  
muda a cor da flor.  
Fogo em furta-cor,  
somos deste horror.

Consagração da águia

Consagração da Águia

No ninho a paz ecoa
sem pressa nem vaidade
a ave, enfim, perdoa  
o voo e a liberdade

Cansada de horizonte
de ventos que rebrilham
consagra o próprio monte  
as penas que já brilham

A vida lhe deu tudo
um ninho bem seguro
por fim, não há tumulto  
no céu do ninho escuro

E ri, pensando altiva:  
"Que mundo, que voar!  
Aqui sou sempre viva
Não vou desmoronar."

Decimar da Silveira Biagini
05 de novembro de 2024

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Lençol limpo, cama arrumada

Lençol Limpo, cama arrumada

Na paz da consagração

Confio ao Verbo o traçado

De quem teve um dia ação

E hoje colhe o seu legado

Por certo tenho andado off-line

Para leituras e boas prioridades

Posto um que outro insight

Pois a verve arrepia barbaridades

De manhã vejo um sol acanhado

Segunda acordo mais tarde

Gente sã e manada têm demasiado

O poeta é contramão nos arrabaldes

Fiz bifes acebolados no disco

De lamber o molho na caçarola

Varri cozinha, catei uns ciscos

Levei Valentina na escola

Escritório, planejamento e calor

Depois academia e banho de sol

Tudo isso com a Musa, meu amor

Agora deitei, hoje ela lavou lençol

Decimar da Silveira Biagini

Qual tema nos poemas mais te atrai?