DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 27 de outubro de 2024

Vistas e visitas queridas

Vistas e visitas queridas
Muitas criaturas humanas
Têm tempo disponível
Para coisas bacanas
Registrar é possível

Distrações mundanas
Não alcançam laços familiares
Investir nesses tesouros
Nos levam a celestes lugares

Quando sobra um pouco de tempo
Como naquele folhear de álbum ao fim de tarde
Surge espiritual enriquecimento
É quando a gratidão nos invade

Decimar da Silveira Biagini

Bovarismo e roupagens

Ó, Brasil, que nas brumas se espelha

Fantasia de quem foge à dor cruel

Bovarismo que a mente encastela

Inventando de si um falso céu

 

No espelho da pátria, qual rosto vês?

És o que não és, ao fugir da evolução

Seja branco, negro, ou quem tu crês

Fugindo, no nada, noutra reencarnação

 

Ah, quão doce é crer-se europeu!

Rodear-se de ouro que não fulgura

E pensar-se, quem sabe, um herdeu

D’um Império que a alma mistura

 

Mas o real, de aço tão bruto

Não conhece o sonho ou a ilusão

E na fuga, o Brasil astuto

Perde-se em vã imaginação

 

Ser ou não ser? Ah, dilema fatal!

Mas aqui, ó riso, o não ser é o tudo

Pois ser-se outro é norma cabal

Desdém por si mesmo, anseio mudo

 

Na dialética se penamos

De nós mesmos a máscara nos prega

Em sombras tropicais nos encontramos

E a essência, oh! como se esfrega

 

Que seja, pois, eterno o engano

De um país que se sonha alhures

Pois o que resta, nesse arcano

É servir outros, nas vidas futuras

 

Decimar da Silveira Biagini

21 de outubro de 2024

À amizade que se fez muralha e se encontra na cidade perdida

À amizade que se fez muralha e se encontra na cidade perdida

A muralha se ergue em vão  
feito pedra em solo chão
Cada passo é resistência
na jornada há paciência

Como cidade esquecida
guarda o eco de outra vida 
Sob escombros, renascer
encontra força ao sofrer

Viajante parte ao norte
leva sonhos como sorte
Em um amigo acha alento
no amor faz seu compartilhamento

Segue agora em paz, inteiro
na jornada, alma em luzeiro
Superando com verdade
viverá a longeva idade

Com sorriso de quem sabe, 
caminha e não mais se acabe
Feito mestre, vê a estrada  
Grato pela lição revelada

Decimar da Silveira Biagini

domingo, 20 de outubro de 2024

Reflexões sobre o papel do poeta no seu dia!

O poeta é a ponte, que liga esse mundo ao essencial, que é invisível aos olhos e imortaliza nosso modus vivendi. Transcendente por natureza, compartilha e multiplica, pelo prazer de servir às letras. Esta na beleza de um epicurista, depois se desfaz da verve como os essênios Dioginistas, por certo queima rascunhos como um Nerista após não se saciar mais com Roma. Cria Salmos como o inspirado Davi, caem centenas de poemas a sua direita e ele continua seu caminho, com poesia e transcendência inabalável! Viva o poeta e sua ousadia!

Domingo


Domingo: Dia de Reflexão e Renovo

Calmo domingo, céu de brigadeiro
O tempo suspira, como num fole em fogo ligeiro
Ecoa a história em prece antiga, sem pressa
Dia que, outrora, cedia ao descanso
Aos sinos e rezas, à pausa do cansaço

Mas, na poesia moderna, se estende em memórias
Feito tela verde, onde se traça o novo
Reflexo das frustrações cotidianas simplórias
Esboço do futuro, esperança do povo

Entre cafés e raios de sol tardio
Refletimos as sombras dos churrascos e centelhas
Planos ressurgem nas cinzas do vazio
Caminhos redesenhados, rotas de poéticas abelhas

O domingo moderno é ponte, passagem
Que nos carrega ao futuro a cada virada
Refletimos, planejamos, e na margem
Tecemos com versos a semana sonhada

Dia de pausa, de alma estendida
Onde o passado encontra o que há de ser
Sem fim, no poema, o domingo é vida
Renovo, recomeço, convite a crescer

Decimar da Silveira Biagini
20 de outubro de 2024

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