DECIMAR BIAGINI

DECIMAR BIAGINI
Advogado e Poeta Cruzaltense

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domingo, 15 de setembro de 2024

Desnudando o cotidiano

Então é dia 15
Como você acordou?
Onde tocou primeiro?
Escova? Celular? Meditou?

Primeiro dia no mês
em que vejo céu azul
Aconteceu com vocês?
O poeta se sente nu

Quando fala no cotidiano
Acordei meio assim
Sem qualquer plano

Domingo, aí de mim
Meu doce desengano
Eis a poesia, fim!

Decimar da Silveira Biagini

sábado, 14 de setembro de 2024

O ETERNO 20 SE APROXIMA

O ETERNO 20 SE APROXIMA
Nas Coxilhas de campo aberto
Entre a alma do vento e o pó da estrada
Me criei, gauchinho atento
Observando encilha bem alinhada

Nos cantos da estribaria
Botas tiniam ao toque do couro
E o suor da lida de cada dia 
Misturava-se ao mate e ao jorro

O 20 de setembro se aproximava
O cheiro de cavalo e poeira no ar  
A bombacha recém engomada 
Era tempo de o pampa saudar

Meu avô Brasil da Silveira
Quarta geração de sesmeieiro
Com orgulho e altivez verdadeira  
Desfilava seu dna tropeiro

No braço forte, bandeira erguida
Eu guri com pouco mais de três
No colo dele, firme na vida
Já sentia o amor ao que ele fez

A marcha do passado nos guia
E o campo, guardião da tradição  
Carrego as memórias, a valentia 
Do homem, do cavalo, da nação

Decimar da Silveira Biagini
14 de setembro de 2024

Indriso Noturno

No silêncio, ouço a moto acelerar

Um eco grosseiro, de entrega pertinaz

Uns com fome, outros a esperar

 

Eu de palavras, num tímido suspirar

E a noite, em seu véu perspicaz

Abraça o tempo, me pego a lembrar

 

Abro o recanto, a buscar alguma paz

Em cada leitura, um caminho a congregar

Decimar Biagini

Se eu fosse escritor em Portugal?

Se o Brasil não queimasse - haikai guilhermino


acrostico chamas

Consumimos no limite
Humanidade traiçoeira
Amamos sem convite
Mata queima sexta-feira
Ao 13 do mau alvitre
Só fumaça, na Pátria inteira

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Seppuku do Samurai

Seppuku do Samurai
Haikai, meu velho

Carmim chove no jardim

Pobre eremitério

 

 

Decimar Biagini

Haikais à forceps

Haikais à fórceps
Crio meus haikais

No meio, versos feios!

Se bons. Tanto faz

Decimar Biagini

Haikai Valoroso


Quem teve um dia


Jamais descartou seu az


Valor é poesia


Decimar Biagini

Doce Recanto


Gosto da analogia

Brinco com metáforas

Escrevo todo dia

Arrisco em anáforas

Me deito cedo

Entre orações

Meto meu dedo

Em tentações

Escrever aqui no recanto

Meu último e único vício

Redes sociais sem encanto

Me levariam ao precipício

Decimar da Silveira Biagini

Vigília do Gaúcho Benedito

Vigília do Gaúcho Benedito


Guarda da chama, legado

Benedito ensina

olha atento, desconfiado

o 20 se aproxima

 

Com pito em mão, observa

cada gesto é analisado

esfumaceia e sorve a erva

tradição é preservada

 

"Nego" Benedito, se foi

A chama segue lembrada

Decimar Biagini

Sexta-feira 13: Um dia qualquer?

Era o treze, o mês de setembro
Quando o mundo, em sopro lento
Despertava numa sexta sem vento
Num chamado profundo, violento

Nas sombras da história, o sol surgiu
Com raios dourados que o caos viu
Guerreiros erguiam-se, céus rugiam
Sob o mesmo céu onde anjos dormiam

Das nações, ergueu-se um clamor
O grito da terra, de dor e ardor
Homens marchavam, bandeiras no ar
Buscando justiça, querendo lutar

No leste, os mares em fúria bradavam
No oeste, as montanhas se ostentavam
Povos uniam-se em um só desejo
De paz e verdade, o mais alto ensejo

Cidades tremiam com passos ousados
Nações esqueciam rancores passados
Um pacto de sangue, um juramento
Treze de setembro, um só pensamento

Crianças sorrindo, o futuro a escrever
Poetas cantando o que viria a ser
E as mãos entrelaçadas em uma canção
De amor, de coragem, de redenção

Oh, treze de setembro, marco imortal
Que sela no agora um mundo ideal
Tu és o dia em que a história se faz
Um épico eterno, em nosso mês

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Os mesmos se beneficiarão

Aforismo: Os mesmos se beneficiarão


Na ganância dos políticos velhos vadios, o tempo não amadurece consciências, apenas apodrece a vontade de servir

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