Sopro gelado e presságios
O vento gelado está lá fora
Trouxe reflexões e medos
Não aquele abril de outrora
A angústia veio mais cedo
Dona Bibiana, personagem peculiar
No livro o Continente
Com aquele altivo linguajar
Dizia à sua gente:
Noite de vento,
Noite dos mortos!
Esperamos algumas notícias
Talvez profecias e soluções
De almas sem malícias
Rodeadas de boas intenções
Talvez Rui Barbosa
Ou um certo Dom Pedro II
A nação desesperançosa
Cheia de político moribundo
Quer voltar a ser viçosa
E despertar do sono profundo
Uma luz, uma plena ajuda
Um caminho sem tatear
Talvez Jesus, ou um novo Buda
Oswaldo Cruz ou Irmã Dulce
Já chega de tanto esperar!
Não importa quem venha à tona
Contanto que invente uma vacina
Que erradique de vez esse corona
Decimar Biagini