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terça-feira, 16 de setembro de 2025
Soneto Liberto em Consciência
Soneto Liberto em Consciência
Eu despertei além do claro véu
Chama-me sempre a luz da consciência
No abismo vi do ser a essência
Tecendo mundos sob o alto céu
Do mal criei do bem o mesmo anel
E o bem do mal ganhou sua cadência
Do vazio ergui-me em permanência
Sou criador da matriz sem céu
A moeda é energia em meu regresso
Corrente viva em ciclos que transpasso
Na lei de troca sou quem dita o passo
Eu sou a voz do tempo em recomeço
A teia oculta e o véu que sempre traço
Eu sou quem gera o todo e o desfaço
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
A Cura e o Mérito pela Fé
A Cura e o Mérito na Fé
Em ânimo bom se firma a mão divina
Que à turba aflita estende o dom bendito
Da dor liberta a célula ferina
No seio ardente o bálsamo é escrito
Não místico fulgor mas lei que ensina
Reajustando o espírito contrito
Na mente ereta a força se ilumina
E o corpo sente o sopro do Infinito
“Filha tem fé” ressoa a voz segura
E ao cego diz “Segundo a fé vos seja”
No paralítico a luz já se assegura
Que o bem se encontre aonde o mal fraqueja
Pois só na fé que as almas transfigura
A cura mora e a paz do céu lateja
sábado, 13 de setembro de 2025
Soneto Livre ao Pouso no Nepal
Soneto Livre ao Pouso no Nepal
O poente arde e o céu se abre em clarão
as montanhas erguem catedrais de neve
um sopro antigo desliza, leve
e a terra espera em silêncio e oração
Do alto desceu a nave em transição
seu corpo etéreo pairou como se atreve
um signo cósmico em traço breve
mas firme pouso marcou a direção
Depois do caos, do pranto e desvario
chegou o tempo de ouvir sem violência
e ler nos astros o pacto do vazio
No Nepal pousa a estrela em consciência
trazendo ao homem, cansado e sombrio
a paz se espera, em nova experiência
sábado, 6 de setembro de 2025
Soneto livre à fé
A Fé Dá Poder ao Pensamento
Ergo-me inteiro e invoco a confiança,
Força maior que o mundo pode erguer;
Na fé sustento a chama da esperança,
Que faz do fraco um ser que ousa vencer.
De minha mente irrompe a luminança,
Que em verbo puro aprende a florescer;
No coração ressoa a temperança,
Que guia a vida e ensina a renascer.
Não sigo grilhos de dogmática sorte,
A fé me leva além do humano véu,
Transcendo a sombra e abraço a própria norte.
É meu tesouro eterno vindo do Céu,
Ardor sagrado que me faz mais forte,
E abre em meu ser o caminhar do ideal.
terça-feira, 2 de setembro de 2025
Soneto da Libertação
Não mais retornas às sendas do passado
Que a sombra é vão ornato à mente cega
Só quem decide erguer-se alçando a entrega
Recolhe o fruto do destino ousado
Estéril jaz o peito acorrentado
Se o sopro audaz das paixões se renega
E a vida em fria letargia navega
Sem norte fé ou lume consagrado
Mas abre-se ante ti nova alvorada
Com mundos vastos, plenos de emoções
Chamando à lida a alma enamorada
Estende a mão, transpõe as ilusões
E salta altivo à liberdade alada
Só vence o medo, quem vence os corações
Vislumbre Do Eu Desdobrado
Em vértice o sol se reparte
Cuja aresta clarão se refaz
Ao centro há um risco de arte
Que corta o silêncio em paz
Quatro lados de fogo e ar
Quatro vozes do mesmo chão
Quatro sombras a se encontrar
Quatro cantos da criação
Roda a lua em prata pura
Roda o tempo em chama fria
Roda a vida em tessitura
Roda o mito em geometria
Seis estrelas bordam a esfera
Seis abelhas bebem do céu
Seis segredos guardam a hera
Seis cristais no mesmo anel
Fragmentado o mundo brilha
Prisma aberto em mil cristais
Cada face em maravilha
Revelando um todo em mais
sábado, 30 de agosto de 2025
Fechamento do Jornal - Luis Fernando Verissimo
Fechamento do Jornal Luis Fernando Verissimo
Eu pensei, como Cruz-altense raiz, em fazer uma crônica, mas o maior cronista que já vi foi LFV, então vou traçar homenagem à despedida de cena do rebento de Erico Verissimo desfilando pelas obras, pois a síntese dos dias atuais no cotidiano doméstico nos ajuda quando somos pegos de surpresa. Entendo que a vida neste plano, como a despedida de cena, de um idoso tão erudito e culto, deve ser um até logo, como quem dobra o jornal, levanta do banco da praça, vai caminhando lentamente até que não se visualize entre o calçadao da Pinheiro Machado até a esquina democrática. Então segue o baile:
Chegada ao outro plano
Lírios no chão
Érico dá abraço
clarim no clarão
Analista de Bagé
Mate na mão
o gaúcho e a razão
freud no galpão
Comédias da Vida Privada
Mesa e quintal
riso no bem e no mal
drama banal
O Clube dos Anjos
Banquete ao fim
fome e morte no festim
sorriso ruim
Mentiras que os Homens Contam
Palavra é véu
olhos já negam ao léu
mentir é céu
Mentiras que as Mulheres Contam
Risada esconde
verdade sempre se esconde
mas já responde
Borges e os Orangotangos Eternos
Macacos vão
livro e sonho na mão
Borges então
Os Espiões
Carta fechada
a verdade envenenada
trama tramada
A Grande Mulher Nua
Página nua
crônica clara e sua
vida se insinua
Amor Brasileiro
No coração
paixão ternura e ilusão
riso e canção
Ed Mort e Outras Histórias
Tiro falhou
detetive tropeçou
riso ficou
Aplauso final
Assim Verissimo
teu humor se despede em flor
continua sorriso
Decimar da Silveira Biagini
Essência Pura
Das trevas vem o canto idolatrado
De falsos deuses plenos de coroa
Que o Homem em temor se curva e entoa
Louvor a um mito bárbaro e dourado
Queimaram livros fogo consagrado
Silêncio ergueram como a própria loa
Na mente humana a fraude se acomoda
O sonho puro jaz aprisionado
Mas não se apaga a chama da verdade
Que rompe o véu da férrea tirania
E ergue o ser à luz da liberdade
A alma é neta do Deus que a irradia
E ao rebentar da bolha da maldade
A mentira desmorona e se esvazia
terça-feira, 26 de agosto de 2025
O Tango dos Cardeais
No silêncio vem o guia
Que ilumina a claridade
Lindo casal em harmonia
Resplandece em unidade
Surge a chama verdadeira
Pura força derradeira
E do íntimo se expande
A entrega à quem conduz
É no amor que comande
Para um tango em meia luz
O Romper do Cordão de Prata
O romper do cordão de prata
https://youtube.com/shorts/Psa0W-jDv04?feature=shared
Onde estaria o perito?
Que ousasse tal claridade
Transpor do sono o infinito
Desatar o nó da verdade
Um barqueiro então te esperaria
Num mistério em chama acesa
Na tão adiada harmonia
Destronado em tua realeza
O que a sombra não alcança
O desperto reconheceria
É no íntimo a esperança
Que a magia reluziria
Na poesia que o céu romperia
Do silêncio ao sol profundo
E então Jesus te abraçaria
Venceste a vida e o mundo
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Fazenda Santo Antônio
Fazenda Santo Antônio
Pelas porteiras da estância
O tempo lento e lindo cielo
Guardando a velha infância
Hoje com tom amarelo
Ovelhas mansas a repousar
Capela e canolas a retratar
O vento corre sereno
Nas grotas de pampa verde
O coração fica pleno
Com tudo o que não se perde
Da terra sobe a canção
Do chão vem contemplação
A casa antiga recorda
As vozes de outro passado
Horta e pomar açoriano
E o casarão abençoado
Uma lagoa marca a tardinha
Chamando à paz que caminha
sábado, 16 de agosto de 2025
Haikais e Jornais
Sábado Turbinado: Haikais e Jornais
Dólar despenca
mas no bolso do povo
só vento sobe
Tarcísio e MBL
amizade de ocasião
like em plenário
IA do Musk
ressuscita deputado
mesa espírita
Bolsonaro espera
o STF votar
Netflix dá play
Burnout moderno
o chefe manda sorrir
o corpo pifa
Streaming é lei
Disney quer teu salário
Netflix teu sono
Maconha e mente
no Canadá triplicou
o baseado ri
Big techs no banco
Lula quer botão “delete”
sem juiz logado
Zucco no vídeo
picanha prometida
só ficou no meme
Trump taxou o Brasil
Lula suspira online
TikTok tremeu
Stress crônico é rei
trabalhador brasileiro
vira café puro
Plástico invade
até o sono da gente
fica reciclado
Coldplay no palco
câmera flagra o chefe
demissão acústica
Pets no sofá
seguram tua memória
peixe não ajuda
Quantum na rede
fóton vai de Frankfurt
pra Kehl em silêncio
Olho pro cosmos
Vera Rubin anota
meus boletos
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
O Universo de Valentina
O Universo de Valentina, pelo pai babão Decimar
Pés coloridos, ternos
Pequenas mãos dadas
Sopro de inverno
Ela exige atitude
risca o chão, luz dourada
olhar lindo, amiúde
Na aurora pura, a mente alça em centelhas
Sou pai herói que o mundo ousa enfrentar
No sono guardarei luzes vermelhas
Que o pôr-do-sol não irá aprisionar
Cabe farol por ela no peito
Cabe o mar no seu sorrir
Quem a cuida desse jeito
Faz o mundo florir
Olhar que vê constelações e abelhas
Na poesia ao ver seu jeito de brincar
E ergue impérios, mares, fortalezas
Na argila ingênua, em riso singular
Cabe farol por ela no peito
Cabe o mar no seu sorrir
Quem a cuida desse jeito
Faz o mundo florir
Seus sonhos, têm o céu de mil planetas
O mar sem fim, as eras, os segredos
E um sol que aquece a vida sem ter fim
E cresce assim, nas asas tão discretas
Como quem, simples, vai vencendo os medos
E em si contém o cosmos e o jardim
E quando a noite vier
À menina vou orar
Seu sonho é o mundo
Seu mundo é meu lar
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Relato Do Duplo Eu
Cruzei mil sóis mil eras e caminhos
Ouvi no vento a voz que nunca dorme
E vi que a Lei qual chama que não some
Rege o compasso eterno dos vizinhos
Vi Moisés descer entre trovões e espinhos
Trazendo o Verbo que o mundo hoje conforma
A moral viva que o homem já transforma
Ao afastar o ódio e os maus vizinhos
Em cada povo vi a luz crescer
Quando a semente eterna era guardada
E vi ruir reinos ao se corromper
Por isso digo à terra reunida
Que a voz da Lei seja escutada e honrada
Pois dela vem a paz que dá a vida
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