Querido pai, escutai agora
O quanto te considero
Sabendo que homem não chora
E o que eu hoje quero
É gritar por aí afora
Feito um quero quero
Voando sem ir embora
Eu falquejo o minuano
Em volta do antigo ninho
Pois te considero paisano
Desde quando menininho
Eu te observo velhinho
Prescrutando as eras
Sondando teu caminho
Sem querer ver-te tapera
Da querencia não quero nostalgia
Pois para mim serás eterno
Lúgubre a pachorrenta sinfonia
Sem que haja existencial inverno
Se hoje tenho alma de poeta
Agradeço pelo incentivo
Graças a tua biblioteca completa
Que administrava no meu colégio antigo
Estradeando uma vida nada simplória
Ensinou-me que o simples é celeste
enquanto lecionavas aulas de história
tropilha de rimas vinham em minha memória
na ronda secular do pampa ao agreste
onde trovadores e repentistas tinham glória
pelo improviso de um verso que se preste
Decimar Biagini
Fé, Filhos, Filosofia e Fechamento
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Fé, Filhos, Filosofia e Fechamento
Renasce um fole
na fé, novo dia verei
dorme minha prole
Deus é mais que voz
é lume que a dor bendiz
sem fazer alçap...
Há 18 horas
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