Em voz baixa e anelante
Ali jazia um poeta amador
Subitamente seu semblante
Mostrava seu grande temor
Fazendo um grande esforço
Pediu para a enfermeira
Que lhe beijasse o pescoço
Ela disse: que besteira
Se ao menos fosse um moço
Mas é um velho sem dinheiro
Ele então treme como em febre
Pede uma caneta e um papel
Seu pensamento corria como lebre
Em poucas linhas fez um cordel
Seu espírito perturbado
Pediu que a moça lesse aquilo
E então, em choro revelado
Juntou à boca do poeta seu mamilo
Decimar Biagini
Fé, Filhos, Filosofia e Fechamento
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Fé, Filhos, Filosofia e Fechamento
Renasce um fole
na fé, novo dia verei
dorme minha prole
Deus é mais que voz
é lume que a dor bendiz
sem fazer alçap...
Há 22 horas
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