sábado, 28 de junho de 2025

Soneto da Restauração

Soneto da Restauração

Já é noite outra vez, silente e fria
Mais um dia se esvai sem direção
A alma, em bruma densa, se esvazia
O corpo segue em muda repetição

Na dança cega do automático vão
Cumprimos mil tarefas, sem guarida
Mas dentro, grita a sombra da emoção
O peso oculto fere a própria vida

É hora de escutar o coração
De acolher o que cala, o que consome
E devolver à mente a calmaria

Respira, busca o centro, muda o tom
Permite-se sentir, quebrar o dom
De ser só máquina, entrega e confia

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