domingo, 4 de setembro de 2011

SONETO INOCENTE

SONETO INOCENTE


Trata-se do início
Insiro alguma frase
A rima é o artifício
Sem ponto, sem crase

Abdico da vírgula
E deixo tudo no quase
O improviso é calígula
Imperador de dupla face

Pode ser cruel e facínora
Extravagante no enlace
Tão versátil como uma cédula

Moeda de troca da verve
A inspiração venderá a candura
Antes que o poeta a preserve

Decimar Biagini

Nenhum comentário:

Postar um comentário