domingo, 30 de janeiro de 2011

OLHAR SALGADO

Com os olhos rasos de àgua
Num silencio enorme na casa
A dor dos escolhos não se apaga
A mágoa não dorme, pois é brasa

Queima o peito em angústia
A canga de bois da saudade
Foi retirada pela vida augusta
A sanga do choro dá vazão à verdade

E quando chega a verdade
Tudo fica de outra forma
A vida passa com a idade
Dias o tempo entorna

O sol virá amanhã cedo
Acordará a passarada
Talvez desapareça algum medo
Alguma angústia fique calada

Decimar Biagini e Juleni Andrade

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