Quem dera neste fim de tarde
Torcer por uma noite aprazível
Poder sorrir sem fazer alarde
Morrer no açoite do combustível
É nesta hora que a solidão morde
E o poeta se faz tão perceptível
Nada agrada, nem o melhor acorde
Pois o poema que relata não é crível
Algoz e vítima da ficção operada
Na orquestra de sua ópera inconfundível
Atrás da lídima melodia orquestrada
Nada presta longe da Musa insubstituível
Decimar Biagini
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