quinta-feira, 25 de março de 2010

SENTINELA POÉTICO

E morrerei sozinho, com minha procura
Mas enquanto procurar viverei
O poema é meu vício, minha fissura
Onde estiver um leitor, lá estarei

No alcance de um desejo, num clarão
No poetar em relampejo, com devoção
Toda alma triste terá esperança
Todo velho se verá como criança

Todo adulto levará o poema na lembrança
O acaso poético, a sorte que traz mudança
Chamem como quiser, quem escreve não se cansa

De ser Poeta, pois é obra sempre aberta
Da leitura que sua alma que só o leitor alcança

Decimar Biagini

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