Enfim, só, numa tarde quente e abafada
A luz não corta as densas nuvens
Saudoso daquilo que fiz de minha amada
Fico varando a solidão em imagens
Transponho minha alma reencarnada
Percebo a necessidade de ter alguém
Sem troca de afagos não evoluo nada
Sequer existo quando a musa não vem
Sou meu próprio redentor, eu sei bem
Mas a vida sem meu amor é um vintém
Hoje me sinto triste, no sumo do meu bem
Embora a reconquiste, a confiança não vem
De que vale o orgulho, se a vida não é eterna?
O meu perpétuo prazer era estar com ela
Longe sou mero entulho, jogado na caverna
Sequer brilham as estalagmites de minha mágoa
Decimar Biagini
20/02/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário