segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O COTIDIANO DE UM POETA

Acordei, fiz um mate, assisti uma aula
Escovei o dente que nasce, no siso da alma

Corri para a cozinha, me senti sozinho
Abri uma geladinha, e fiz um cozidinho
Lá estava eu na mesa, novamente só
Um ogro sem delicadeza, alma sem dó

Sai então da caverna, fui recolher o velho lixo
Lavei a louça em baderna, consertei um esguicho

Me organizei com atitude, refiz pensamentos
Da solidão fiz uma solitude, em bons momentos

Tratei então de relatar, fazer do simples um poema
Fiz o tempo passar, sem requintes, sem dilemas

Decimar Biagini

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