segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

SONETO AOS DOIS ESTRANHOS

Retorciam gemendo os corpos
Em volta da cama alguns copos
Um momento raro, flor de lótus
Ardia a carne em rumos loucos

Os mares e os céus inexistiam
O que estava ali era humano
Pecados comuns que sentiam
Não havia a fantasia do engano

Nada de sonhos primorosos
Apenas necessidade carnal
Nenhum poema, nada surreal

Lábios vermelhos e pecaminosos
Febre que estremecia as pupilas
Mãos que esculpiam corpos de argila

Decimar Biagini

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