domingo, 2 de agosto de 2009

SONETO À REGRESSÃO



Hoje vim lançar versos a te indagar
Arrojo-os como uma sonda a tua alma
A pedra que há no fundo a rima vai tirar
Então não tenha medo, não perca a calma

Quero que durma e acorde no teu passado
Encare então a luz que te cegou ao nascer
Pense na primeira dor do pulmão dilatado
E dos tapinhas que conseguiste esquecer

Agora debruçado sobre o seio materno
Diga-me quem mais mereceria teu carinho
Quem te embalava e agasalhava no inverno

Um poço profundo é um ser que se diz sozinho
Então quero que acolhas meu verso fraterno
A fim de enfrentar a vida relembrando teu caminho

Decimar Biagini

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