sábado, 18 de abril de 2009

CINZAS DO PAGO


Entre moirões, espinilhos e pedras
Surge branca e imponente a estância
Lugar de saudosa e alegre infância
Cenário que foi de tantas guerras

A casa grande em largas ruínas
O banheiro do gado já sem telhado
As árvores sumindo em milhas
O largo cinamomo já derrubado

Sonhos que acalento, de voltar um dia
Reviver um tempo de pura alegria
Rejuvenescer então a alma gaúcha 

Sem ver o campo entregue ao banco
O arado adentrando no cemitério
Sem respeitar sequer um dia santo

Aline Isabel e Decimar Biagini

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