domingo, 29 de março de 2009

SONETO AO VÍRUS HOMEM


Campo sem vida não é campo
Para ser campo de verdade
É preciso livrar-se da cidade
A moto-serra tira o encanto

Não é sanga a sanga sem mato
O mato recebe e protege tudo
O ar da cidade não é ar de fato
É asfixia que deixa o pássaro mudo

Intransponível a beleza do natural
De que vale a vida, sem vida afinal?
A ganância faz do homem um vírus mal

Pois não há nada mais parecido
Destrói tudo e vai para outro lugar
Deixando o mundo dia a dia adoecido

Decimar Biagini, 30 de março de 2009

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